É impossível falar de psiquiatria e não falar de preconceito. Psiquiatria infelizmente ainda é coisa de louco, é falta do que fazer, é frescura, é falta de fé, é falta de força de vontade… E eu?! Eu não preciso.
Mas espero que vocês, meus leitores, estejam dispostos a transformar isto. Até mesmo porque, se estão aqui, devem ter alguma ideia do quão difícil pode ser o sofrimento mental/emocional.
A palavra PSIQUIATRIA vem do grego, psykhé: alma + iátria: método de cura, tratamento.
E o psiquiatra, seria, portanto, um médico de almas.
Atualmente dizemos que a PSIQUIATRIA é a especialidade médica que trabalha com a prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação das diferentes formas de sofrimento mental.
Mas já é bastante complicado entender o sistema nervoso (sim, sistema nervoso, pois o cérebro é apenas uma parte dele), a mente humana e suas interações com o corpo. Ainda mais se levarmos em consideração as nuances individuais e sociais.
No cérebro temos 86 bilhões de neurônios, 86 bilhões de outras células e cerca de 100 trilhões de sinapses. E, ao longo do intestino, mais 200 a 600 milhões de neurônios.
São 86 bilhões de neurônios no cérebro, são dez mil sinapses por neurônios, resultando num total de 860 trilhões de conexões que mudam a todo momento em função do ambiente”
Você consegue imaginar isto? Eu, não!!! E ainda nem falamos dos neurotransmissores.
São mais de 100 neurotransmissores (mensageiros de um neurônio para o outro). Os mais famosos: Dopamina, Serotonina e Noradrenalina. Mas também tem a Acetilcolina, o Glutamato, o GABA, a Melatonina, a Histamina, o Neuropeptídeo Y, a Glicina, a substância P, a somatostatina, as Endorfinas, os Opióides, os Endocanabinóides e a Ocitocina entre outros.
Isso para um corpo com 30 trilhões de células humanas e mais de 39 trilhões de bactérias.
Sendo que o sistema nervoso ainda tem a capacidade de mudar, adaptar-se e moldar-se a nível estrutural e funcional ao longo do desenvolvimento e quando sujeito a novas experiências ( o que chamamos de neuroplasticidade ou plasticidade neuronal)!
Ou seja, por mais que nosso conhecimento sobre o cérebro e a mente estejam crescendo, quem se atreveria a dizer que sabe como realmente funciona?! É muito, mas muito complexo mesmo.